ANTONIO
BERNARDO DE PASSOS
FOI O 40º PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE,
NO PERÍODO DE 24 DE OUTUBRO DE 1852 A 01 DE ABRIL DE 1857
PASSOS, Antônio
Bernardo de - Parece não haver registro do lugar e data do seu nascimento e
morte, nem onde estudou. A maioria dos historiadores desconhece tais
informações, Cascudo não as refere -a não ser vagamente quando menciona: O
Professor Joaquim Lourival dizia-me que Passos falava muito cerrado e se
formara em Coimbra(O Livro das Velhas Figuras, v. 5, p. 13), e Antônio Soares,
por sua vez, se mostra reticente: Diz-se que era natural de Pernambuco e
bacharel em Direito. Não se formou, ao que parece, na Academia de Olinda ou
Recife, porque o seu nome não figura na lista dos diplomados por essa Escola
(Dicionário Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, p. 27). Por Carta
Imperial de 01.10.1853 foi nomeado Presidente da Província do Rio Grande do
Norte, tomando posse a 24 daquele mês. Caráter firme, sereno e incorruptível,
consta que teve brilhante desempenho. Fulminante epidemia (cólera-morbo) (1)
grassou na Província, à sua época, e ele enfrentou-a construindo o Hospital da Caridade
(que, mais tarde, se transformou no Quartel da Polícia e, desde 1956, é ocupado
pela Casa do Estudante) e várias enfermarias, contratando os médicos
disponíveis e mobilizando, enfim, os recursos ao alcance do erário. É de sua
iniciativa a construção do Cemitério do Alecrim (1856). Restaurou o prédio do
Atheneu, então em recesso, reabrindo-o. Em decorrência da “seca” que se
alastrara no intercurso 1855-1856, deu-se uma exacerbada onda inflacionária em
Natal e ele, criticando severamente os responsáveis, providenciou a importação
de produtos de outros Estados, repassando-os à população a preço de custo, ao
mesmo tempo em que incentivou a disseminação de feiras-livres, isentando os
feirantes de impostos. Para Câmara Cascudo, Antônio Bernardo dos Passos foi o
mais operoso Presidente da Província do Rio Grande do Norte: Nenhum Presidente,
no período imperial, sobrepuja aos serviços que Passos soube realizar em
benefício do Rio Grande do Norte em geral e do Natal em particular (op. cit.,
mesma página). (1) Essa epidemia (1856) ocasionou mais de 2.500 óbitos em toda
a Província, 53% dos quais em Macau e Ceará-Mirim
FONTE: FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO, ATRAVÉS
DO SITE GENI